O artista e professor argentino Agustín Rios conheceu sua esposa em Buenos Aires e decidiram vir morar no Rio de Janeiro em 2011. Ele trabalha desde 2005 com música e atualmente tem três projetos nesta área de atuação.
O primeiro, Tambores de América, começou com a ideia do sogro do entrevistado em fazer ritmos latinos e blocos de carnaval no Rio. O projeto evoluiu para algo mais socioeducativo, com foco em conteúdo sobre ritmos latino-americanos e história. Oficinas são realizadas para ensinar sobre tambores, ritmos e histórias relacionadas à cultura do continente latino-americano. A iniciativa já recebeu apoio do Consulado Cubano.
O segundo, a Orquesta La Original, é um grupo musical que surgiu da necessidade do entrevistado tocar o estilo musical que gosta. A banda tem músicos brasileiros e busca trazer a salsa, timba e música latina para o Rio de Janeiro. O projeto surgiu em 2015 como uma banda e a ideia era tocar estilos musicais latinos que não estavam muito presentes por aqui. “Foi um desafio encontrar músicos brasileiros interessados nesse estilo musical”, comenta Agustín. O projeto já tocou em vários eventos e foi contemplado por editais.
E o terceiro, República Suburbana, é um bloco de carnaval no subúrbio dedicado à música de compositores suburbanos.
Agustín comenta que, durante a pandemia, os projetos musicais foram sua principal fonte de renda na cidade. “O Tambores de América foi especialmente importante, pois se adaptou ao formato digital e permitiu sobreviver durante esse período”. Além dos projetos musicais, o entrevistado dá aulas de musicalização na rede SESC e em uma instituição chamada Solar Meninos de Luz, que são uma fonte adicional de renda.
Ele atua principalmente na Zona Norte da cidade, trabalhando bastante no subúrbio, mas já se apresentou com seus projetos na Lapa e em outras regiões.
“Quando eu tocava bastante na Lapa, era porque os lugares realmente abrem as portas pra gente tocar, pra gente tentar fazer umas noites latinas, mas nossa prioridade sempre foi a Zona Norte para fomentar por lá programas culturais deste tipo”.
Além das atividades musicais, o entrevistado também faz tatuagens e tem um ateliê de madeira.