O músico e percussionista Samuel Felipe é natural da cidade de Cali, na Colômbia. Estudou música e desde 2005 trabalha com arte, pesquisando os ritmos do pacífico colombiano.
Samuel reside no Rio de Janeiro desde 2017. Quando chegou ao Brasil, morou primeiro em São Paulo, onde fez um curso de percussão erudita no SESC Vila Mariana, em 2016, e assim começou a conhecer outros músicos que o indicaram para trabalhos. O primeiro foi em um evento de dança para a terceira idade no Centro Cultural São Paulo. Quando veio para o Rio, conta que conversou com a comunidade latino-americana de músicos na cidade, para conseguir integrar o circuito.
Atualmente, faz parte da banda latino-americana Saoko, grupo que tem maior influência no seu trabalho musical, e da orquestra de salsa Mano a Mano. Também participa do Grupo Cambamberos, com atuação principalmente em São Paulo, que traz em seu repertório as músicas tradicionais colombianas.
Cita que Saoko é sua banda do coração, em que consegue trabalhar com composição e participar de uma construção coletiva ao lado dos músicos.
Na pandemia, precisou tentar outra área, então começou a trabalhar como desenvolvedor, mas ressalta que sempre precisou complementar sua renda com outros trabalhos, além de músico. Também teve duas experiências como professor de percussão, dando aula para professores da rede pública em São Paulo. No Rio, ofereceu um curso de instrumentos de percussão.
Para Samuel, existe um primeiro desafio que é acessar o circuito de música da cidade, ser conhecido e ser chamado para trabalhos, já que é um mercado de muita indicação. O segundo desafio é a comunicação, por conta da língua. E o terceiro são os estilos musicais, pois como migrante ele precisou aprender os estilos brasileiros para conseguir trabalho, ou tem que criar/participar de grupos que se posicionem como uma formação migrante.
Sobre sua trajetória na música, o artista comenta: “o mais gratificante como profissional é quando o público brasileiro se encontra e se identifica com as músicas caribenhas e percebo no rosto e na empolgação das pessoas a satisfação com a descoberta do novo. Também é gratificante ver outros músicos abraçando a música do Caribe, incluindo essa influência em seus trabalhos”.