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René Ferrer

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René Ferrer

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O compositor, músico, percussionista, diretor e produtor cubano René Ferrer está no Brasil desde 2003. Comenta que vive em trânsito, visitando outros países, mas fez daqui uma segunda casa, que é um lugar onde retorna, volta, recarrega as energias e onde tem dois filhos.

“E para mim, a música foi a que me abriu as oportunidades, a própria música, foi ela quem me levou pelo mundo, e o que me trouxe ao Brasil foi a música realmente”.

Comenta que a primeira vez que veio ao Brasil, chegou em São Paulo para um festival de hip hop. “Participamos juntos com vários artistas dos Estados Unidos, da Colômbia, de toda a América Latina, da Europa também. Entre eles estava a Afrika Bambaataa, Racionais, Negadeza, Thaíde, BNegão, toda uma galera das antigas. E aí eu cheguei no Rio, e fomos tocar com o grupo Bahur, fazendo parte do movimento hip hop, nós viemos aqui no Brasil para fazer esse intercâmbio cultural. Nós fizemos várias coisas, várias apresentações no SESC. E quando eu cheguei aqui no Rio de Janeiro, cara, para mim foi diferente porque quando cheguei em São Paulo, de pronto vi tantos prédios grandes, imensos, e quando cheguei ao Rio vi uma imensidão de natureza, para mim foi encantador porque aí você vê a coisa que eu gosto realmente, gosto dessa relação com a natureza, entendeu?”.

Comenta que suas referências na música vem de casa, vem de escutar sua avó cantando, sua mãe cantando, das mulheres da casa cantando, e ele tocando junto com elas. Sua referência vem da família mesmo. Das rumbas (dança cubana), das ruas, do vizinho cantar e tocar. 

René trabalha com várias organizações, como o CCBB e o SESC, ou produtores e pessoas que o chamam para trabalhar. Mas reforça a necessidade do artista independente receber algum tipo de auxílio financeiro por parte do estado: “apoio financeiro, como artista, eu não tenho. Eu acho que, não só eu, muitos outros artistas não têm. Mas deveria ter, porque a arte é diferente do que a gente pode chamar de trabalho ou ocupação. Não é uma ocupação, é outra coisa que dá pra fazer outras coisas. Um subsídio para os artistas é uma maneira de você, obviamente, criar e fortalecer a cultura do país. 
Quando você tem estrangeiros em seu país, que estão lutando aqui para trazer, de certa maneira, uma cultura que você não conhece de primeira, e de repente tem um músico cubano tocando aí em Madureira, ou em Belford Roxo, ou no Leblon que seja, mas tem uma pessoa lá representando sua cultura, seria bom que essa pessoa tivesse uma direção mais cuidadosa, no sentido de poder chegar a um órgão que possa o representar realmente. Eu sou artista, eu sou imigrante, ou seja, e quero me integrar como músico, como artista, quero um subsídio mensal e um lugar onde vão te informar onde precisam de músicos, de artistas, de pintores, etc. Ter uma lista aberta de lugares que você possa exercer sua profissão”.

René deixa um recado para o projeto ¡Oye Carioca!, em entrevista com a equipe: “vocês estão imortalizando a história. E isso é uma maneira de reconhecer as coisas. E que bom que vocês reconheceram em mim essa potencialidade”.

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¡Oye Carioca! é um projeto de pesquisa, mapeamento e difusão das expressões culturais produzidas por imigrantes da América Latina (de maioria hispanofalante), residentes na cidade do Rio de Janeiro. Em 2023, ano que marca sua etapa inicial, o projeto foi viabilizado pelo edital Fomento à Cultura Carioca (FOCA) 2022, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.