“Eu gosto muito da comunicação, de compartilhar ideias com outras pessoas que as sentem como um significado.”
O profissional do audiovisual argentino Joaquin Garcia reside no Rio de Janeiro desde 2022. Ele é natural da cidade de Córdoba, que considera o “coração da Argentina”.
Atualmente, Joaquin está envolvido em três projetos audiovisuais, que são curta-metragens, além de compor o time de pré-produção de uma websérie sobre os sujeitos migrantes e suas questões culturais e sociais no Rio de Janeiro. Ele também trabalha em um restaurante de gastronomia italiana como bartender.
Começou a viajar para fora da Argentina, como voluntário, e foi assim que chegou ao sul do Brasil. Teve atuação em quatro atividades e então surgiu a oportunidade de exercer um voluntariado no Rio. Comenta que sempre quis vir para cá.
Na Argentina, ele tem uma produtora, a CePe 1019, e nos últimos três anos trabalhou muito em seu país de origem. “Temos um curta-metragem, um documentário e uma websérie de oito capítulos. Eu escrevo roteiros, edito e dirijo, mas eu gosto de dizer que sou um criador de conteúdos. Eu gosto muito do processo de criação. Eu gosto muito desse setor. Lá em Córdoba é interior do interior, mas existem muitos recursos para a classe do audiovisual. É muito parecido com o que acontece aqui no Rio de Janeiro”, comenta.
Ele conta que na Argentina é comum você entrar numa grande produtora e depois criar os seus próprios projetos, mas que seu caso foi diferente. “Nossos primeiros projetos foram por necessidade e muito pessoal. Foi um trabalho muito diferente e foi somando muitas pessoas, foi quando decidimos criar uma produtora para apadrinhar os projetos pequenos que já estavam acontecendo. Isso foi há cinco anos, e foi uma experiência muito gratificante. Por conta destes projetos, surgiram muitas conversas com diversos cariocas sobre a cultura daqui”.
Sobre os desafios de ser um artista independente, ele comenta: “o primeiro desafio, como artista, é a questão pessoal, é você sentir que pertence ao lugar e encontrar espaço nele para transmitir/comunicar seu trabalho. Conheço muita gente que veio ao Rio de Janeiro e acabou indo embora. Outro desafio são as diferenças culturais, por exemplo, o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, tem muitas pessoas querendo trabalhar, querendo se expressar, querendo se comunicar, mas não tem espaço. Eu não posso pensar em fazer um filme se não tenho condições básicas para viver, para morar, para comer, de segurança”.
